Educação a Distância

Palestra da Profa. Denise Abreu e Lima - 29/11



O que é Educação a Distância


O link acima (clique no título) é a primeira leitura sobre Educação a Distância, indicada por Denise Abreu - palestrante sobre o tema. Navegue e comente aqui nesta página do Blog! Nossos comentários vão construir o momento presencial sobre Educação a Distância, em 29 de novembro.

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23 comentários:

Denise de Abreu-e-Lima disse...

Olá PessoALL!

A ideia do texto é somente para fomentar uma discussão inicial...afinal, poderemos finalizá-la presencialmente no dia 29/11.
Neste momento importante do processo de institucionalização da EaD nas universidades públicas do Brasil, pergunto: o que vcs pensam sobre a EaD?

Eneas disse...

Olá Denise, olá colegas.
O texto de José Manuel Moran é um belo resumo do momento atual por que passa a EAD. Talvez tenha faltado apenas lembrar que a EAD é bem velhinha e que o formato descrito é o atual, fruto do recente impulso que se deu com a chegada da Internet, do barateamento do computador pessoal e dos softwares educacionais e de gestão.
A EAD é um processo sem retorno na Educação - seja nas Universidades Públicas, seja nas particulares - porque tem pelo menos três características ideais para o modelo de vida que nós vivemos: é flexível quanto ao horário (isso ajuda pra caramba nos dias de hoje); é flexível quanto à distância (isso coloca pra dentro da sala de aula pessoas que estariam fora porque fisicamente não teriam como ir a uma Escola convencional); e finalmente é flexível quanto aos custos (que às vezes nem chegam a 30% do equivalente presencial). Mas, a EAD não é a solução de todos os problemas da Educação, muito menos a sua causa. Espero que os bons educadores cuidem zelosamente da EAD, para que os comerciantes do ramo não vençam e a ponham em descrédito.
Eu conheço um pouco dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem, mas quase nada de blog. Penso que será interessante observar e discutir o papel do blog na EAD. Acho que vou gostar do Seminário.
Bons estudos pra todos nós.

Denise de Abreu-e-Lima disse...

Concordo com o Eneas sobre as questões que ele apresenta...
A EaD não é ´nova´ no pedaço...ela está repaginada por conta das novas tecnologias...

Digo mais, não só os educadores tem que cuidar zelosamente da EaD numa instituição, mas seus gestores (que na maioria das vezes são os próprios educadores em cargos administrativos). Saber gerir a verba que vem pra EaD na instituição não é tarefa fácil, pois todas as regras para administrar o dinheiro foram feitas para gerir a educação presencial...a modalidade EaD exige outros tempos e outras dinâmicas de trabalho que não são compreendidas pela maioria, acostumada à rotina do presencial.

Outro fator que ainda causa um pouco de confusão é que muitas vezes a EaD, na verdade, é mais cara que o presencial. Ela só é mais barata quando se ´barateia´ a Educação, massificando-a. Aí vemos professores tutores trabalhando com 300-400 alunos (se não mais...), material produzido e copiado por anos a fio (sem revisão)...enfim, quem quer ganhar dinheiro com EaD, consegue, mas o resultado pro aluno...deixa muito a desejar!
As públicas não visam lucro e portanto tem que ter como objetivo a qualidade do processo ensino-aprendizagem.

Tatiane disse...
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Tatiane disse...

Essa massificação que vem acontecendo com a EAD realmente é prejudicial em relação a aceitação do mercado de trabalho.

Hoje, encontramos inúmeros cursos baratos porém mal estruturados, onde não existe participação do aluno, não existe troca,
o aluno apenas recebe um material já pronto.

Para que haja aceitação do mercado de trabalho, a EAD, não pode foca somente em atender as "facilidades" ( menor preço, flexibilidade e etc..) Isso é importante, mas não mais importante do que procurar elaborar um curso de qualidade que prepare um profissional que atenda o mercado de trabalho tão bem quanto um profissional formado por um curso presencial.

Infelizmente, devido a essa massificação/ popularização da EAD, o mercado de trabalho parece ainda não ter total segurança em contratar um profissional formado por um curso de EAD, mas como disse o Eneas, isso pode mudar, a EAD precisa de bons educadores/gestores, que elaborem cursos de qualidade.

Segue artigo: Estadão - ("O Dilema da Educação a Distância")

http://economia.estadao.com.br/noticias/not_42368.htm

Valéria disse...

Ainda neste tema referente aos custos e a qualidade, como várias instituições estão buscando melhor qualidade, o aluno da EaD vai se tornar mais atento e crítico. Há uma preocupação do governo e das instituições de financiamneto quanto a qualidade da EaD e as universidades vêm sendo avaliadas com rigor, como vivenciamos dois momentos na UAB-UFSCar. Portanto, assim como nos cursos presenciais, os alunos vão buscar qualidade na EaD.

Daniela Miranda disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Daniela Miranda disse...

Olá!!

Quanto ao que a Tatiane disse sobre inúmeros cursos baratos e mal estruturados, nós encontramos isso em cursos presencias também.

Acredito que os cursos em EAD facilitam a vida das pessoas na questão de custos. Porém, é usado por muitas pessoas para se ter lucros, não pensando em educação com qualidade.

Apesar do termo "qualidade" ser díficil de explicar na área da educação, pois questionaria: O que é qualidade na educação? Preparar pessoas para o mercado de trabalho?

Do mesmo modo, que o colega Eneas comentou, acredito que as tecnologias na educação não representa solução, mas são geradoras de novos problemas na educação, pois não lemos da mesma maneira que um texto impresso, há hipertextos, problemas de acesso,da motivação, das habilidades em lidar com o ambiente entre outros.

Vale a pensa ler: http://www.rieoei.org/rie24a03.htm
João P. Pontes trata de formação de professores: desafios.

Tatiane disse...

Concordo com você Valéria,
Apesar de existirem muitos cursos de EAD preocupados apenas com o lucro, sei que existem também instituições sérias em busca de "qualidade", e quando falo de "qualidade", falo não apenas em preparar para o mercado de trabalho, realmente educação está longe de ser apenas "preparar para a mão de obra", ela deve procurar estar totalmente ligada a realidade do aluno pois não existe separação entre vida e educação.
Essa busca de "qualidade", deve partir tanto da instituição que elabora o curso,para que a como o Eneas disse~, o curso não caia em descrédito, quanto do aluno, que deve ser mais atento e critico na hora de escolher um curso de EAD, buscando além das "facilidades", um curso de "qualidade", como os que estão sendo oferecidos em diversar universidades públicas no Brasil.

Tatiane disse...

Olá Daniela,
Acho que acima respondi um pouco sobre oq vc comentou...Concordo com vc, essa massificação também também trouxe proplemas, e muitos, para o ensino presencial, a 'qualidade" ficou de lado em muitas instituições, assim como na EAD.
Li e gostei muito do texto que sugeriu.

Solange Helú disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Solange Helú disse...

Olá pessoal!
Assim como vocês acredito que a EaD seja, felizmente, um caminho sem volta. É fato que nos depararemos com cursos de qualidade duvidosa, mas creio que o próprio mercado de trabalho se encarregará de excluí-los.
Quanto aos seus benefícios me encanta a possibilidade de interagir com pessoas que dificilmente estariam conosco em uma sala presencial, por exemplo, professores que vivem em outros países ou mesmo estados,nos permitindo ampliar nossa rede de relacionamento e troca de saberes.

Eneas disse...

Olá, pessoal.
Eu fiz algumas observações na EAD. A primeira é que há vários “modelos”, se é que se pode chamar assim.
Parece que o modelo que se consagrou é aquele que utiliza o PROFESSOR para redigir conteúdo, o WEB DESIGNER para adaptar o conteúdo para a EAD, os PÓLOS PRESENCIAIS, onde se reúnem os alunos distantes e o TUTOR para acompanhar os estudos presenciais nos pólos. Há outros “modelos” que ainda utilizam os Correios, a televisão, o rádio, a videoconferência, etc., bem como outros profissionais envolvidos, mas basicamente é isso.
Há também um modelo de EAD que utiliza somente o Ambiente Virtual de Aprendizagem (Moodle, Teleduc, Blackboard, etc.) e todo o curso acontece pela Internet, com o mesmo professor produzindo materiais didáticos, respondendo nos fóruns e responsabilizando-se pela sala virtual. Claro que há uma equipe de apoio ao professor, mas é o autor que se expõe. Este modelo não utiliza pólos presenciais e tutores, exceto para as provas semestrais, por exigência do MEC.
Outra observação que faço é quanto ao uso de objetos de aprendizagem (filmes, vídeos, jogos interativos, etc.). Num extremo, há salas virtuais que são inundadas de objetos de aprendizagem, enquanto outras, no outro extremo, contêm apenas textos e fóruns.
A impressão que eu tenho é que quanto mais objetos interativos houver numa sala virtual, mais atraente e superficial pode se tornar o curso. Ao contrário, quanto mais textos são dispostos para leitura e exigidos como atividade, menos atraente e mais profundo pode se tornar o curso. Claro que isto não é uma regra e que a qualidade do conteúdo ainda é a virtude principal.
Daí que eu penso residir nesses pontos algumas das estratégias dos educadores. Qual modelo adotar? Alunos mais maduros suportam melhor a leitura e aceitam melhor produzir mais textos? Um modelo assim fica melhor para a pós graduação? E os alunos mais jovens, preferem páginas mais alegres e interativas? Na graduação, vai melhor este modelo?
Há ainda as salas virtuais para apoio a disciplinas presenciais, muitas vezes construídas sem qualquer preocupação pedagógica e que servem apenas para depósito de materiais para download. Seria conveniente nesta sala uma estrutura pedagógica mínima?
Seja como e quando for, acho que sempre valerá a pena discutir este assunto.

Eneas disse...

Digamos que aquela discussão sobre “ensino” a distância no programa do Lobão não foi de alto nível. Os “contra” desconheciam o assunto e defendiam privilégios, enquanto os “a favor” deixaram de usar argumentos consistentes e serenos, que são muitos. A superficialidade e a absoluta falta de empatia venceram o debate.

Ana Laura disse...

Em relação a EAD, há dois contextos que norteam nossa discussão. O primeiro refere-se a flexibilidade que tanto almejamos quando estamos numa fase em que o tempo é muito valioso. O outro implica na problematização no uso de tal recurso, no qual entra a questão da qualidade a ser oferecida. Posso dizer que por experiência própria, a flexibilidade não é o que eu esperava, tenho prazos curtos para realizar as tarefas e muitas leituras, o que por um lado foi positivo, pois me disciplinou de certa forma. E no que tange a qualidade de ensino, é de alto nível, sendo um curso exigente que não deixa a desejar para um curso presencial.
É a minha segunda faculdade, porém percebo que a exigência e o rigor cientifíco são o suporte para a excelência acadêmica. Estou aprendendo muito e principalmente através da interação com pessoas diferentes, com culturas e valores diversos.

Daniela Miranda disse...

Concordo com você, Ana Laura.
Cursos em EAD exige mais tempo e dedicação. Além disso, não é confortável ler por meio tela e exige muito mais a habilidade escrita.
Por isso, acredito que quanto mais surgem ferramentas na Web, que aparentemente mostram facilitar nossas vidas, mais problemas elas causam.
No entanto, não podemos nos afastar de tudo e negar a realidade, aliás, vivemos em um sistema capitalista.

Marcos R Guzmán disse...

Uma leitura interessante aqueles que querem saber como é a estrutura de ead, leia referenciais de qualidade do MEC. Nele estão contidos todas as informações quanto a todo sistema ead. Ead é compromisso dos professores e do sistemas wec que contemple as informações em tempo ideal.

Seminário EaD - UFSCar disse...

Vejam os Referenciais aos quais o Marcos se refere no menu esquerdo do Blog.

Junior Couto disse...

Olá amigos da Rede Globo!! No meu ponto de vista, a EaD não pode ser considerada solução para nada, apenas uma ferramenta de facilitação, pois nada, nunca substituirá a troca de experiências entre professores/orientadores e demais participantes do processo. Ainda mais num país onde o acesso à educação e às tecnologias são tão limitadas para a maior parte da população. Refletido, digitado e postado! Beijo do gordo!

Eneas disse...

Olá.
Algumas frases ditas ontem pelo Prof. Marins.
"Seja presencial, seja a distância, o curso que não for exigente não vale nada".
"Conhecimento não foi feito para guardar, mas para ser distribuído".
"A gente estuda pra conhecer melhor o homem e o mundo".
"Eu faço Mestrado e Doutorado para saber quanto eu não sei" (ótima).

Eneas disse...

O Blog limita os caracteres. Então...
PARTE i
A palestra da Professora Denise, ontem, foi ótima e deveria ser reprisada se possível em todos os ambientes escolares, quanto possível. Talvez a Professora Denise devesse gravar a palestra e postar no Youtube (se ainda não fez), o que seria muito útil e até coerente com todo o processo “a distância”.
A abordagem sobre o “conflito de gerações” foi oportuna e enriquecida com o vídeo. Recentemente, o ”Jornal da Globo” publicou reportagem sobre o assunto e a disponibilizou em http://www.youtube.com/watch?v=TCDtJKUpR1A.
Algumas colocações importantes feitas contem: “algumas pessoas pensam se tratar de formas antagônicas” (de educação), “giz e lousa e lousa digital são mídias semelhantes com tecnologia diferentes”, “a tecnologia não garante o aprendizado”, a EAD vai exigir mais do professor”, “a EAD retirou o tapete e mostrou toda a sujeira” , “o professor precisa saber fazer a sua parte, independentemente da tecnologia que está usando (e se falta energia elétrica?)”, “o diploma da EAD vai ser mais valorizado” (porque o perfil do aluno é melhor), “na EAD o aluno estuda mais e o professor trabalha mais”, “nos fóruns da EAD se fala a verdade, ao contrário do presencial, que se fala nos corredores”, etc.
Bem, o preconceito em relação à EAD é próprio das pessoas que não conhecem a modalidade, mas que muitas vezes não se envergonham em fazer críticas públicas, sujeitando-se, inclusive, a vexames. Certa vez, eu tive a oportunidade de travar uma discussão em alto nível com um antigo Professor (com Mestrado e Doutorado, inclusive), mas completamente alheio à EAD, porém com a língua afiada.

Eneas disse...

PARTE II
Eu penso que a EAD tem especificidades que precisam ser observadas. A EAD é dependente da maturidade do aluno, da competência da instituição, da capacitação do professor para a EAD e, principalmente, do projeto pedagógico da disciplina ou do curso, que deverá ser desenvolvido especificamente para a EAD, explorando recursos e atividades do AVA adotado, objetos de aprendizagem, atividades específicas, etc. Meras adaptações de cursos presenciais geralmente não ficam boas e às vezes se parecem com uma Kombi reformada, daquelas que o funileiro cortou metade para fazer uma cabine dupla e ainda deixar espaço pra carga. Tudo bem que às vezes até dá certo, mas uma Kombi adaptada será sempre uma Kombi adaptada.
Aparentemente a EAD se mostra ideal para algumas situações (pós graduação, por exemplo) e não indicada para outras, exceto como recreação ou introdução à informática educativa (ensino fundamental, por exemplo). Na zona de intercessão estariam o ensino médio e a graduação, que eu imagino serem mais bem atendidos por projetos semipresenciais, já que os relacionamentos sociais “ao vivo” tem bastante importância nessa fase de construção da personalidade. A vida universitária é insubstituível. Porém, há dezenas de situações em que não existe a possibilidade da presença regular do aluno numa sala de aula, e, neste caso, a EAD não é apenas a melhor, mas a ÚNICA solução. Falo, todavia, sem profundo conhecimento da causa.
Nos últimos anos a EAD se tornou muito abrangente; abrigando diversas metodologias, passou a ser usada para tudo e por todos, gerando reclamações e preconceitos.
A Professora Denise falou ontem sobre os “fast food” da Educação, isto é, cursos fechados, como “pacote para presente”, que o aluno compra a qualquer tempo e um tutor orienta, sem compromissos com ano letivo, formação de grupos, interação com o autor, atualização do conhecimento, aprofundamento de temas, etc. Muitas vezes o curso se resume à leitura de textos, testes de múltipla escolha com tempo e tentativas exagerados, e postagem única em cada fórum. Até o Certificado é disponibilizado no AVA. Uma variação um pouco mais rica deste modelo oferece material didático desenvolvido por “professor conteudista” (pago por missão) e o acompanhamento de um tutor mal remunerado. Este, aliás, parece ser o formato mais difundido na EAD. Esta metodologia, penso eu, é muito útil para educação de massas, mas certamente não é a mais preciosa. Aquele formato em que o professor autor cria a própria sala virtual, pesquisa, constrói e oferece seus materiais, dirige a própria disciplina no AVA e responde nos fóruns tem riqueza muito maior. Claro que este modelo exige muito mais tempo do professor, turmas menores, disposição coletiva, etc., o que torna o curso ainda mais caro e complexo. Mas, é o formato que eu prefiro e que elegi para estudar. A propósito, estou colaborando para a criação de uma sala experimental com este formato, para apoio a uma disciplina de Direito na Faculdade de Direito de Sorocaba. Uma sala exigente, como gosta o Professor Marins. Tomara que dê certo.
Enfim, ontem valeu. Gostaria que a Professora Denise disponibilizasse o PowerPoint utilizado (pode ser em pdf) e o link para o vídeo sobre o conflito de gerações, se for possível.
E parabéns pelo trabalho, Professora!

Seminário EaD - UFSCar disse...

É isso, Enéas - você estudou, experimentou, conheceu e continua avaliando. Nos vemos novamente na quinta-feira, dia 2!